segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Contamição

''Não confio em ninguém,
Não, não confio em ninguém
Não confio em ninguém com mais de 30
Não confio em ninguém com 32 Dentes''

Obs: não era, nem é, de minha intenção usar deste meio como forma de especulação de assuntos políticos, econômicos e culturais. Jaz aqui um texto que retrata ,de maneira conotativa, a confusão secundária que sinto ao que se me passa, ao fugir dos trâmites para os quais realmente criei o blog.

Em meio a tantas incoerências, petulâncias, injustiças, absurdos e promiscuidade sócio-cultural frustro-me cá, em meu quarto solitário, em meus altos e baixos também com problemas pessoais. Fato não ser esse um ano de muito crédito para mim; não que seja de minha índole substimar a vida, não é, que fique claro. Maus momentos fazem parte do caminho que seguimos, e não desprezemos todos as boas passagens, findando nossa ingratificação.
O facto é: está tudo errado, tudo errado. Olhe pros lados, nas janelas dos carros, ligue a tevê, leia os jornais, avalie seus companheiros de turma, a índole dos casais e famílias. Abra os olhos, ''The truth's out there'', man. Repare nas leis, no controle social. Analise a igreja, oh cristo!

''Eu não gosto de padre
Eu não gosto de madre
Eu não gosto de frei.
Eu não gosto de bispo
Eu não gosto de Cristo
Eu não digo amém.
Eu não monto presépio
Eu não gosto do vigário,
nem da missa das seis

Eu não gosto do terço
Eu não gosto do berço
De Jesus de Belém.
Eu não gosto do papa
Eu não creio na graça,
do milagre de Deus
Eu não gosto da igreja
Eu não entro na igreja
Não tenho religião''

No Brasil temos 140 milhões de infelizes que alimentam a instituição, de longe, mais sanguinolenta já existente na Terra. Os fiéis apóiam a igreja que queimou vivos e em praça pública físicos, químicos, biólogos, astrônomos, homossexuais, pessoas, que estas sim, participam da lei químico-biológica mais acestral e resoluta existente: a evolução. Nenhuma outra organização matou mais pessoas que a igreja católica na história. A igreja é anti-evolução, a igreja é a maior retrocessão vigente, ainda(o que mais se é de admirar), no Mundo. A igreja não está inclusa na homeostase natural, a igreja é anômala, a igreja é simplesmente anti-evolucionista. 140 milhões de brasileiros que alimentam as diretrizes insustentáveis do cristianismo; que apóiam, direta ou indiretamente, a queimada de camisinhas, a impossibilidade de cura de milhões de enfermos mórbidos: cancerosos, sofredores de auto-imunidades, escleroses, distrofias, paralisias... E o melhor eu ainda mostro, agora:
Findo aqui minha indignação com esses seres impensantes, que se preocupam mais em ir à/ao missa/culto aos domingos que com os problemas humanos.
Esmiuce a juventude, as ideologias medíocres ainda cravadas no século XXI, o comunismo!
Jesus, Maria, José, estou cercado, não há meios por onde me esquivar, o fim está próximo e ao que parece ninguém percebeu. Oh, Crhist!

''Não tenho endereço, casa, nome e sobrenome
Não tenho documento, carro, conta e telefone
Se todo mundo acha que estou errado,
eu acho que não
Se todo mundo acha que estou louco,
eu acho que não

''O problema não é meu,
o paraíso é para todos
O problema não sou eu,
o inferno são os outros, o inferno são os outros''

Cá meus créditos para os Titãs, excepcionalmente, perdoem-me Barão, Legião, Capital, Roupa nova, Ultraje(excelentes grupos por inclusive), a maior banda pop-rock brasileira; Salve Branco, salve Brito, salve Nando, salve Miklos, salve Tony Belloto.
Ribeirão Preto/Sp, 21:59;

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ciclo

Três dias consecutivos. O fenômeno se inicia desapercebido, sorrateiro, dura alguns dias, culminando no estado qual agora me aflige. Novamente ocorre e me vejo sem chão, cá, com este vazio, uma sensação de inutilidade e incapacidade de subir e retomar minhas atividades suspensas neste tempo... três dias. Suficientes para desbalancear minha homeostase auto-analítica, confiança e creio ainda minha segurança própria. Por tal como veio, vai embora: por mim; a diferença é a duração. O desbalanço é agudo e crítico, a recuperação custa dias e dias de esforço, nos quais tendo a me sentir em progressão menos leviano. Em suma o que ocorre é que minha consciência é privada dos meses anteriores de esforço por poucos dias nos quais me esqueço dos estudos, de obrigações entre coisas outras mais, que, com certeza, estavam todas bem sustentadas e mesmo até adiantadas. Mas não reconheço. Os poucos dias de relapso me causam esta impotência na qual estou... agora já em recuperação. E neste período impotente sinto-me incapaz de retomar meu ritmo anterior, como se tivesse de começar desde o começo, como se fosse improvável recuperar o fio da meada, tendo eu como alternativa única que recomeçar o enredo desde o ponto de partida . Isto não é normal, nem faz-me bem, já que sei, sem a menor dúvida, que sou capaz de coisas além das faculdades de muitos, devido a meus esforços e também à minha construção psíquica constitutiva. Anseio em equilibrar tudo isso, momentos de trabalho, de rendimentos, com outros de curtição e relaxamento; conhecendo-me sei não irá ser fácil, mas também percebo consiguirei. O ponto principal é: motivação, aquele primeiro passo. Tenho que desbitolar de alguns julgamentos intrínsecos para mellhor enxergar as situações do dia-a-dia. Não tarda esta motivação chega, bem como algumas outras por quais aspiro.
Estabilidade, meu grande apreço, não pode deixar de me ser de característica incondicional.


''Voa, voa minha liberdade,
Entra, se eu servir como morada,
Deixa, eu voar na sua altura
agarrado na cintura
da eterna namorada

Voa, feito um sonho desvairado
desses que a gente sonha acordado,
Voa coração esvoaçante
feito um pássaro gigante
contra os ventos do pecado

Voa nas manhãs ensolaradas
entra, faz verdade esta ilusão

Voa no estalo do meu grito,
Quero ver teu infinito
neste azul sem dimensão''

Ribeirão Preto/Sp, 23:07;

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Lingüístico

''Oxítono
mocho
gelosia
isquemia
cantoneiro
insípido
neurose
lésbico
idiopático
dipsomania
compêndio
lues
persecutório
artelho
psicodelia
somatoforme
despeito
lástima
conduta
protelação
iatrogenia
ubíquo
confim
adágio
retina
cadência
minimalismo
vulva
frenesi
eunuco
avo
venéreo
apreço
diazepam
carmim
ébrio
constitutivo
morfético
pêndulo
ansiogenia
demasia
fleumático
idiossincrasia
anuência
residual
fresta
mênstruo''

Ribeirão Preto/Sp, 20:43;

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Fruto

Em tempos incertos cá me escancaram, como que se de repente, posso dizer ainda que por esforço meu, sentimentos de propriedades inversas aos que até então se cravavam em meus dias. Digo que por meu esforço por ter conseguido, com não muita reflexão, sintetizar um amplo conteúdo de ocorrências, desentendimentos, dissidências, e seus efeitos; tudo se me mostrou demasiado mais singelo do que julgava ser, talvez porque estava com tudo solto na cabeça, sem conseguir reunir e interpretar os fatos para elaborar uma conduta; talvez por estar ainda digerindo certas partes do montante; talvez, e penso ser o mais provável, por ter deixado de lado toda esta confusão e focado em pontos outros de minha vida por um tempo. Agora vejo mais claramente, tudo o que expus acima, em minha frente, e me sinto bem, deveras assim me sinto. Fardos embasados em desmerecimentos, e entre outras constituições. Me pego com uma vontade louca, contudo de seriedade, de ligar o ''mode: soluções drásticas'', que sempre surte efeitos. Assumo os riscos destas soluções, por ativá-las após muito pensar; agora as coloco em meu caminho actual, de maneira um tanto leviana, mas sinto não estar por cair em decepção por este feito; talvez deva-se agir desta maneira com as soluções drásticas, talvez não, por isso arrisco em âmbito de não muita importância para mim, não mais. Não mais;

'Olhando pra trás há momentos bons, lógico,
o que faz ser triste,
Mas também há empecilhos,
o que faz ser racional e sensato'
RMF


''Eu vejo a vida melhor no futuro,
eu vejo isso por cima do muro
de hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais farta e clara,
repleta de toda a satisfação que se tem direito,
do firmamento ao chão

Eu quero crer no amor numa boa,
e que isso valha prá qualquer pessoa
que realizar a força que tem uma paixão

Eu vejo um novo começo de era,
de gente fina, elegante e sincera,
com habilidade pra dizer mais sim do que não

Hoje o tempo voa amor,
escorre pelas mãos,
mesmo sem se sentir
E não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo o que há prá viver,
vamos nos permitir''

Ribeirão Preto/Sp, 23:09;

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Opacidade

Voltei. Cá me estavam de prontidão as tão esperadas cobranças objetivas exógenas, e de grande valor para meus interesses. Cobranças essas que me surtem outras endógenas, e assim satisfaço duplamente com apenas um feito ambas elas.
Antes como meta, agora como efeito de motivação própria, me empenho a aprofundar na vasta e concreta medicina interna, desde suas raízes, a fim de melhor embasamento futuro. Me toca o humanismo e a delicadeza da clínica, e tenho me satisfeito com seu efeito em minha ideologia. Satisfaço-me compensatoriamente, por ter esquivado esta tão indipensável área de meus passados três anos de faculdade, já que havia, lá no fundo, sempre um vazio implorando preenchimento.Agora o encho, e com prazer, o que mais de traz felidade.
Primeiro módulo interessante, principalmente quanto à minha tão amada farmacologia, diria também quanto à neuroanatomia, ramo único da morfologia macroscópica por mim apreciado. Considero a psiquiatria, tratada no módulo referido, como interessante e de influência ubíqua nas especialidades outras, porém trabalhada com descaso por funcionários da saúde. Parte extensa em teoria, por abarcar muito das vertentes da psicologia inexoravelmente, por estarem ligadas; Parte extensa, por conter muitos termos e condutas específicos da área. Parte, contudo, como já atribuído, importante e de grande afecção na população geral.
Oh, minha vida acadêmica... meus livros, meus resumos, minhas manias(não as psiquiátricas, rs)... estava com saudades; Como diria o Sano, amigo que há tempos não vejo e por que sinto saudades, ''Quod me nutrit, me destruit''. Por vezes penso no efeito deste adágio, mas com lados positivos e negativos, creio não haver como nos esquivar de nossas necessidades de rotina, obrigações e compromissos. Talvez o balanço seja favorável à nossa psique, talvez não... wathever.
Concomitante ao regresso acadêmico, mudanças. Turma nova, pessoas novas, conexões novas: adaptação. Tenho analisado bastante quanto à maneira de o ego se adaptar frente a adversidades e situações estranhas; a análise é complexa porém, digo, interessante. Instabilidades inconscientes, repressão sentimental, defesas do ego; Ressalto: Freud, por mais austeros que sejam os Behavioristas, foi um gênio além de sua, e de nossa época, e quer estivesse certo ou não, tem seu mérito, e o Rafael que me perdoe... ou não, mas enfim, rs. Outra fonte de minhas curiosidades e invocação da psicanálise é um fato um tanto estranho que me tem ocorrido, desde meu retorno às atividades acadêmicas: deparo-me com desinteresse e desmotivação para voltar à minha cidade de criação. Dantes nunca ocorrera tal manifestação em meu âmbito de desejos. Mas ocorre-me a vontade de permanecer cá, novamente digo, com meus livros, resumos, minha moradia universitária... Conjecturo e logro causas para esta conseqüência, como modo de explicação. A questão, retorno ao ponto há pouco discutido, é a adaptação. Talvez seja melhor voltar pra Rio Preto, e, agora uso de meios behavioristas, encarar a experiência por si, o que não ocorreria se me enclausurasse aqui em meu apartamento(quarto?cubo?). Inclusive porque necessito da experiência para obter resultados concretos, não teorico-especulativos. Verei, sentirei, talvez surpreenderei-me.
Alinhado a este descaso por Rio Preto está minha vida afetiva, a qual tem, tabém, deixado dúvida e confusão por esses dias que tem passado. O lindo trecho que segue abaixo, o insertei ao post por conta deste aspecto, e creio necessitar de maior intensidade afetiva endógena, contudo sinto-me perdido em meio à confusão que referi. Ando meio perdido, talvez esteja seguindo por um caminho tortuoso porém de destino correto, e espero que assim seja.

''O primeiro me chegou como quem vem do florista,
trouxe um bicho de pelúcia, trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens e as vantagens que ele tinha,
me mostrou o seu relógio, me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada que tocou meu coração,
mas não me negava nada, e assustada, eu disse não

O segundo me chegou como quem chega do bar,
trouxe um litro de aguardente tão amarga de tragar
Indagou o meu passado e cheirou minha comida,
vasculhou minha gaveta me chamava de perdida
Me encontrou tão desarmada que arranhou meu coração,
mas não me entregava nada, e assustada, eu disse não

O terceiro me chegou como quem chega do nada,
ele não me trouxe nada também nada perguntou
Mal sei como ele se chama mas entendo o que ele quer,
se deitou na minha cama e me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro e antes que eu dissesse não,
se instalou feito um posseiro dentro do meu coração''

Ribeirão Preto/Sp, 21:45;

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Resultado

From me to me:
O ponto relevante em questão, nesses tempos de abstenção de posts, é: minha leitura está estagnada. Especulo. Em se falando de diagnósticos psicológicos: sinal, sintoma, etiologia, seqüela? Ainda não sei. Talvez, inclusive, nunca saiba. Sendo este, a leitura, um hábito ubíquo em meu cotidiano, é de pouca probabilidade que fique isenta minha consciência de uma conclusão sustentável sob efeito do tempo. Plausível que ele, juntamente com minhas faculdades analíticas, logre explicações de grande efeito para mim, e, como conseqüência, para o âmbito social ao qual me confino... amizade, família(entidades de manutenção sobremaneira requerentes, cravadas a nós, e assim, quando instáveis, atingem-nos intensamente); precisamos delas, inerentemente(quando possuímos natureza humana que tange limites de normalidade, ao menos).
O que importa é que minha leitura permanece inerte. E o efeito é que isto me afeta; isto me angustia. Talvez como causa, talvez por efeito. Não é um fato inédito este por qual passo, nem creio será ele ocasional ou assíduo. Mas o incômodo é que, nestas ocasiões, ocorridas em estações análogas, parece sair-me algo do âmago. Julgo-me frágil, ordinário, e por conseqüência direta abalado e, ouso dizer, despeitando meu orgulho, instável.
Há faltado congruência em meu hábito de leitura. Não estou bem. Talvez não esteja bem. Talvez esteja com medo de minha condição. Talvez eu não saiba de mais nada, ou talvez saiba demais e não consiga, ou não queira, conciliar o que foi conciliado à nível inconsciente.

''A melhor forma de esquecer
é dar tempo ao tempo,
A melhor forma de curar o vício
é no início

A melhor forma de escolher
é provar o gosto,
A melhor forma de chorar
é cobrindo o rosto,
Evitar as rugas
é não olhar no espelho,
Esvaziar o revólver
é puxar o gatilho,
A melhor forma de esconder as lágrimas
é na escuridão,
A melhor forma de enxergar no escuro
é com as mãos,

As idéias estão no chão,
você tropeça e acha a solução''


Ribeirão Preto/Sp, 23:53;

terça-feira, 8 de junho de 2010

Protelação

Poucos acontecimentos e ociosidade são base da explicação pela ausência de posts no período entre este e o anterior. Não que tenha sido de todo vazio meus dias, mas que não relevei atividades prioritárias é facto; Objetivações eu tive, mas faltou-me ânimo e disposição para concretizá-las, o conhecido inconsciente vício humano de esquivar-se de questões auto-construtivas por motivos não muito cônscios de que quem o faz. É de nossa natureza, inerente à personalidade, porém com esforço e racionalização podemos moldar, e me atrevo dizer reparar, atitudes que nos serão mais prósperas, como se burlar o instinto para nos beneficiarmos.
Logrei grande êxito no módulo findo, o que trouxe-me grande satisfação e alimentou meu ego; receio, por vezes, das conseqüências do afastamento acadêmico que me foi imposto, mas visto as tormentas que passei, tenho certeza que a adaptação não será para mim difícil, inclusive porque sinto, e como sinto, falta das obrigações e cobranças dos módulos, das provas, de minhas tardes de nescafé e estudo ao som do rádio...
Desviando do assunto, tenho feito proveito de algumas viagens nesse período refratário com bons rendimentos, além do primário: conhecer novos centros, novas visões, novas realidades. Agradeço ao meu grande amigo Victor Hugo pela carinhosa recepção em sua casa, em Uberlândia, e pelo afeto e consideração demonstrados enquanto eu por lá; Foi para mim um grande prazer poder estar a par de sua situação na faculdade, de suas amizades, da instituição à qual confiou seus estudos para se formar médico. Certamente foi frutífero como experiência a oportunidade de me aproximar de outra escola médica, analisar e poder ver de perto a infraestrutura, os discentes , o método de ensino, além como funcionam as diretrizes da universidade. Ressalvo ter sido muito bem recebido pelas pessoas para quais lá fui apresentado. E além deste lado acadêmico, nada como estar perto de um amigo para nos fazer dos momentos os mais agradáveis. Cabe a mim agradecer, aqui, mais uma vez, ao Vi; adorei ter passado aqueles dias com você, e como já lhe disse, prepare-se para outras visitas ^^;

''E quando escondo a minha olheira é pra colher amor''

A despeito da fase cravada por certas dificuldades peculiares, surpreendo-me com boa auto-estima, logicamente não de carácter constante, mas em modo geral, fazendo o balanço, afirmo estar ela, sim, de bom grado para meu ego. Talvez como forma de fuga tenho exaltado a vaidade, o que talvez não seja deletério quando comparado a outras formas de defesa inconscientes(apesar de estas sempre estarem presentes, acredite). Tenho pensado bastante em mim, o que já evidenciei escusamente em posts anteriores, e feito alguns investimentos de feição benéfica, apesar de manter hábitos nocivos e arriscados; convenhamos, certamente, ser um início de habituação a modos mais sensatos de subterfúgio.

''Mas eu também sei ser careta,
de perto, ninguém é normal,
Às vezes, segue em linha reta
a vida, que é "meu bem, meu mal"

Comecei meu livro do Dawkins, e, céus, em seu primeiro livro, de 1976, ele já se me consegue demonstrar a genialidade; abrangendo campos diversos tais como genética, evolucionismo, psicologia comportamental e zoologia, o cientólogo consegue conjugar estes todos para formular suas idéias e discorrer sua obra. Estou estupefato com a intelectualidade do autor e sua capacidade de análise de áreas tão amplas e dissonantes.Quanto ao livro que acabei de ler, como de hábito, exponho cá trechos para mim de relevância:

''Quando houver mais de uma explicação, a mais simples em geral é a certa.''
''-Senhorita Sexton, por favor, perdoe o doutor Marlinson. O que ele não tem em termos de tato é mais do que compensado pelos fragmentos aleatórios de conhecimento absolutamente inútil que possui a respeito de nosso universo.''
''Só quem nunca experimentara o poder podia dizer que elle não viciava.''D. Brown, Deception point, 2001.
PS: creio serem as informações presentes nas obras de Dan Brown de maior interesse que o enredo, que sempre tende a ser forçado e trilhar o mesmo caminho. Neste livro, como em outros dele quais já li, foram-me mostrados fatos, realidades fascinantes que dizem respeito à política, ciências, e instituições governamentais. Recomendo alguns de seus livros principalmente por este mérito.

Ribeirão Preto/São Paulo.

sábado, 17 de abril de 2010

Sabedoria

Absorvendo conhecimentos da importante mãe da ciência que escolhi, a embriologia, e digo mais, apreciando a beleza desta misteriosa arte trabalhada em puro adn; levando adiante essa peleja, encarando a dificuldade da submissão com gracioso bom humor, agora(sim, o tenho conseguido). Afastado, ainda, do dito laboratório morfofuncional, mas isso como sempre faz parte de meu caminho traçado, hei de conquistar ainda, tenho esperanças, a sua assiduidade.
Julgo o comentário de meu grande amigo e futuro doutor, Victor Hugo, de intensa e sucinta caracterização: ''Embriologia é mágica''.
Quanto a minhas análises celulares: sim, continuam cravadas em meu itinerário; meu risonho fado, espero cultivá-lo sempre ativo em minha vida. Quando em São Paulo, junto a meu pai, comprei o livro que me estava na lista de desejo há um tempinho, do Dawkins... anseio em lê-lo, mas creio que não me será inútil a espera pelo final do módulo, para melhor poder integrar as informações trazidas a mim pela obra, que não são poucas, pelos poucos trechos que li. Dawkins está entre os três maiores intelectuais vivos da actualidade, segundo me informou a internet, portanto pretendo me assegurar de ''espaço mental'' para melhor trabalhar e relacionar, com esmero, o que ele pode me trazer(melhor, o que ele pode fornecer e eu compreender, em meu nível de sabedoria). Num dos trechos que passei os olhos, ele tratava do evolucionismo de Darwin, mas o retratava em nível molecular, discutindo sobre a estabilidade das ligações atômicas que permitiam a formação de moléculas que sobressairiam a outras instáveis; não acho ter mais eu que falar sobre a genialidade do cientólogo.
Não não ser a ciência uma arte, mas da de característica vulgar: buscando novas afeições musicais, estava cansado da mesmice de minhas músicas(de minhas três mil músicas em hd), e tenho encontrado em estilos paradoxais coisas interessantes; creio ser o paradoxo para mim uma grande atração, a nível inconsciente, me atrevo dizer, inclusive. Tive uma conversa sobre essas minhas atitudes paradoxais com o Victor hoje, e vejo fazer sentido e ter enquadramento em minha vida esta idéia. No que toca a cinematografia, não vejo um bom filme há um tempinho, e minha série está estagnada, não mais a vi, mas a retomarei, me divirto com ela.
Também austeras se mostram minhas análises existenciais, e quanto a estas digo não querer instaurar na vida como fado, apesar de talvez já o ser, como não gostaria; faz parte. Cá uma passagem bíblica muito convincente e apta a enaltecer minhas idéias a respeito do existencialismo, que me é de grande admiração:
''Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta o conhecimento aumenta a tristeza'' Ec 1:18.
A bíblia muito nos tem a ensinar. Sábios, e tristes, são os versos bíblicos, e felizes os que com eles podem alimentar a mente sem se envenenar. Postulo haver um feedback positivo na situação: conhecimento ao trazer tristeza, traz também sede pelo próprio conhecimento, com mais tristeza... enfim...

''Caras como eu estão tirando o pé,
andando em marcha-ré,
com medo de entrar na contra-mão

Como trens do interior que não chegam no horário
Como velhos elefantes que morrem solitários

Caras como eu estão ficando chatos,
como solas de sapatos
que se gastam
com o passar do tempo

Não vou mais medir o tempo,
não vou mais contar as horas
Vou me entregar ao momento,
não vou mais tentar matar o tempo

Como palavras de amor
que não se guardam em disquetes
Como segredos sem valor
que a gente nunca esquece''

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ajuste

Início de módulo, reinício da cobrança oficial, porém escusa, típica do pbl(método vire-se à sua maneira e veja se logrou êxito nos estudos com a prova única), início formal dos estudos(y). Já quanto às análises existencialistas, de pé, as always, little darling, thanks. Não há fim para elas, e cá vamos vivendo inerentes, salve(parágrafo ulterior que o diga, rs).
Sinto-me diferente, coisas mudaram em mim, e confesso hesitar no julgamento dessas alterações que se me emergiram à consciência por meio de infelizes desequilíbrios; ressalvo com forte ênfase não ainda ter aqui citado crises de desequilíbrios por minha parte, e ter sempre dado valor maior à estabilidade em minha humilde, porém austera, ideologia. Defenestrei, e cá me bate agora o arrependimento pelo insólito e ridículo descompenso(neol.)de condutas, cujo fruto foi-se me apresentado como uma resignação, já mencionada no anterior post. Aproveito-me desta, e realmente o estou fazendo, como uma oportunidade para enxergar defeitos e corrigi-los, na medida do cabível e aceitável, para enaltecer minha integridade e reparar qualidades deletérias a mim e às pessoas prezadas em minha vida. Julgo ser o arrependimento de ações praticadas inerente às sentimentalidades humanas, conceito ofuscado pela consciência geral, creio que com finalidade de resistência, mas é o que penso, e repito: eu me arrependo de coisas que fiz, você também se arrepende, todos no mundo se arrependem, porque o arrependimento é conseqüência de falhas, e falhar é inato ao homem, errar é o que nos permite evoluir(quando, e apenas quando, nos tornamos cientes dos erros).E aqui consigo, portanto, fechar meu raciocínio com explicação embasada.
Ando meio somatoforme, psicossomático(com um fator surtindo efeitos sobre o outro). Não se me está sendo fácil a adaptação à imputação do infeliz incidente na faculdade. Inevitável sentir-se injustiçado e desprezado, principalmente quando se toca a pessoas de gênio forte, como no meu caso. Creio não serem de apreço crises de desequilíbrios comportamentais. Não se sustentam como conseqüência de incidentes infelizes, na maior parte das vezes. E não quero me subestimar a feitor de tais atuações na vida. Algumas pessoas se submetem ao fracasso, que por elas próprias é traçado; caem nos próprios buracos ao longo dos anos. A essas pessoas costumam adaptar-se a infelicidade e a progressão de descompensações mentais no destino. Por mais que a nível imunológico(e outros níveis a este subordinados ou por ele influenciado)haja uma descompensação em mim, anseio não estender a desordem a nível mental na mesma proporção; apesar de difícil, possível e válida é a minha preocupação. Quero minha integridade moral, mereço obter a satisfação por mantê-la meio aos tormentos por todos passados em vida, porque não sou a pessoa fraca e desequilibrada há pouco retratada; sou forte, sou frutífero, sou disto tudo merecedor por possuir as qualidades que possuo; sou merecedor e que se foda a palavra que não muito mais cravo em meu cotidiano: modéstia, já que dela não preciso. Não sou merecedor de modéstia. Fracos usam da modéstia para esconder a insegurança; eu a não necessito. Sei de meus valores e quando deles usar, nos momentos em que se encaixam, porque isto aplicado nas condutas as enaltece, e condutas diferenciadas fazem das pessoas especiais. Álcool, valium, nicotina, cafeína, nutrientes, deles saiba usar, como de tudo mais, e não se terá no futuro privação conseqüente do antes abusado. Porque os químicos, parte à bioquímica comportamental, não solucionam por inteiro.
Aproveito para aqui desculpar-me a minhas células por delas ter abusado a boa vontade; não se me tornem contra, por favor(yn).



''Soda pop and Ritalin
No one ever died for my sins in hell,
as far as I can tell,
at least the ones I got away with
[...]
Land of make believe,
and it don't believe in me
Land of make believe,
and I don't believe,
and I don't care!''

Don't care, do it;

domingo, 21 de março de 2010

Resignação

Causa de desequilíbrios, incertezas, insegurança, bem como fator oferecedor de oportunidades para consertos e reparos;

''I can't believe what you said to me
last night when we were alone
You threw your hands up,
baby you gave up, you gave up
[...]
And I know that it's complicated,
but I'm a loser in love
So baby raise a glass to mend,
all the broken hearts
of all my wrecked up friends''

terça-feira, 16 de março de 2010

Nexo

''Sometimes I give myself the creeps
Sometimes my mind plays tricks on me,
it all keeps adding up
I think I'm cracking up
Am I just paranoid?
I'm just stoned''

Em época de susceptibilidade, vista a circunstância imputada, sinto-me tão frágil, frívolo, desiludido. Perco a fome, perco quilos, mas não ainda as estribeiras, porém até quando?! Pior que agora não digo apenas respeito ao estado abstrato, mas também ao orgânico: zoster, tonsilite, otite, descamação, anorexia. Quero minha integridade imunológica de volta; fruto da irrupção desencadeada pelo infeliz incidente da faculdade, julgo eu ser a situação da qual sou vítima(e cuja fuga é tentada por mim sem lograr êxito total); não sei se é feliz agora a concretização de novos vínculos humanos. Sim, acho que o Vi está certo, sua idéia de abrir a AdrN, associação dos doutores neuróticos, se baseia em fundamentos concretos...
Engraçado, já que conciliando o abstrato com o concreto, como de um meio podemos atenuar aflições de outro. Há muito uso desse recurso para me enaltecer o que está em baixa. Auto-estima está para cueca assim como a úlcera está para a ira(olha que sucinta conexão entre os meios, podemos em breve montar gráficos cartesianos das funções, rs, kkk, morri de rir).
Deparo-me ainda, agora a findar o dia, com uma matéria da Folha ''Uganda debate lei que pune relações homossexuais com perpétua''; será que vai ser permitido tocar Gaga em Uganda?; se fosse debatida uma lei que pune ser negro, o quê acharia o deputado-autor da lei anti-homossexual?
Anseio em relatar minha batalha na postagem próxima, espero reunir mais informações para melhor expressar-me.

''Mundo velho e decadente mundo
ainda não aprendeu a admirar a beleza
A verdadeira beleza,
a beleza que põe mesa
E que deita na cama,
a beleza de quem come,
a beleza de quem ama
A beleza do erro,
do engano,
da imperfeição''

From me to me:
É já ao acordar que percebo quando o dia não me vai render; dia esse no qual sentirei em mim um vazio, uma impotência, no qual o ar há de me faltar aos pulmões tal como energia a meus músculos, e não restará opções de melhora que se me apresentem. Julgo ser privado meu nível consciente de parte de minhas faculdades em dias como o qual aqui pormenorizo. Não agouro, apenas o sinto quando acordo, e o dia, salvo raras ocasiões, faz jus a tal funesto pressentimento. Minha alma atrofia como célula inestimulada com a inércia desses dias. Oh, dia, insidioso dia, faça surgir recursos que permitam-me lhe desconfigurar o destino de tamanha inação!No que tange à minha capacidade, em âmbito geral sou maior que meus altos e baixos, e não serão eles a prostrar-me por definitivo.
''Tristeza não é pecado''

From me to me done;

quinta-feira, 4 de março de 2010

Regeneração

Nem sexta, nem quinta: alhures, não ao certo sei eu onde, por bem da verdade; facto impigido no destino, que, ao mínimo, deixa-me entregue ao esmo afetando meu auto-estímulo, meu brio, além de prejudicar a objetivação inerente aos que logram o que lhes convém. Resta-me, no entanto, prover atividades rentáveis ao vazio a que fui submetido, alimentar o ego. Recuperado, empenho-me para que do insólito acontecimento fique algo mais célebre que uma fibrose dorsal (y) em e para mim.
Fez-me bem o recesso, oportuno dizer que mais duradouro que o previsto, apesar de não haverem meus anseios sido ao todo congratulados de plena satisfação, mas sempre assim que é, se me for genuíno o discernimento; ''são coisas da vida''... Amigos, festas, visitas, viagens, abraços, contatos, madrugadas, passeios, zoster, decepções, despedidas, superação, no que se compara à de minha avó, em administração medicamentosa diária;
Sono, alimentação, inação, hematopoiese: fix a hole, fixing a hole; potássio, ascorbato(sic), retinóide, salicilato, ferro, hidrato de carbono, proteína(os olhos brilhantes, o semblante corado); ações peremptórias, que já tardam a se me cravarem no itinerário.

''Se meu mundo caiu, eu que aprenda a levantar''

quarta-feira, 3 de março de 2010

Momento

''Um dia quero mudar tudo, No outro eu morro de rir,
Um dia tô cheia de vida, No outro não sei onde ir,
Um dia escapo por pouco, no outro não sei se vou me livrar,
Um dia esqueço de tudo, no outro não posso deixar de lembrar,
Um dia você me maltrata, no outro me faz muito bem,
Um dia eu digo a verdade, no outro não engano ninguém,
Um dia parece que tudo tem tudo prá ser o que eu sempre sonhei,
No outro dá tudo errado e acabo perdendo o que já ganhei ...

Um dia eu sou diferente, no outro sou bem comportada,
Um dia eu durmo até tarde, no outro eu acordo cansada,
[...]
Um dia quero mudar tudo no mundo, no outro eu vou devagar,
Um dia penso no futuro, no outro eu deixo prá lá,
Um dia eu acho a saída, no outro eu fico no ar,
Um dia na vida da gente,
Um dia sem nada de mais...
Só sei que eu acordo e gosto da vida,
Os dias não são nunca iguais...

Logo de manhã, bom dia!''

Em âmbito maior, a estabilidade é mãe do auto-controle, fica dito.