sábado, 17 de abril de 2010

Sabedoria

Absorvendo conhecimentos da importante mãe da ciência que escolhi, a embriologia, e digo mais, apreciando a beleza desta misteriosa arte trabalhada em puro adn; levando adiante essa peleja, encarando a dificuldade da submissão com gracioso bom humor, agora(sim, o tenho conseguido). Afastado, ainda, do dito laboratório morfofuncional, mas isso como sempre faz parte de meu caminho traçado, hei de conquistar ainda, tenho esperanças, a sua assiduidade.
Julgo o comentário de meu grande amigo e futuro doutor, Victor Hugo, de intensa e sucinta caracterização: ''Embriologia é mágica''.
Quanto a minhas análises celulares: sim, continuam cravadas em meu itinerário; meu risonho fado, espero cultivá-lo sempre ativo em minha vida. Quando em São Paulo, junto a meu pai, comprei o livro que me estava na lista de desejo há um tempinho, do Dawkins... anseio em lê-lo, mas creio que não me será inútil a espera pelo final do módulo, para melhor poder integrar as informações trazidas a mim pela obra, que não são poucas, pelos poucos trechos que li. Dawkins está entre os três maiores intelectuais vivos da actualidade, segundo me informou a internet, portanto pretendo me assegurar de ''espaço mental'' para melhor trabalhar e relacionar, com esmero, o que ele pode me trazer(melhor, o que ele pode fornecer e eu compreender, em meu nível de sabedoria). Num dos trechos que passei os olhos, ele tratava do evolucionismo de Darwin, mas o retratava em nível molecular, discutindo sobre a estabilidade das ligações atômicas que permitiam a formação de moléculas que sobressairiam a outras instáveis; não acho ter mais eu que falar sobre a genialidade do cientólogo.
Não não ser a ciência uma arte, mas da de característica vulgar: buscando novas afeições musicais, estava cansado da mesmice de minhas músicas(de minhas três mil músicas em hd), e tenho encontrado em estilos paradoxais coisas interessantes; creio ser o paradoxo para mim uma grande atração, a nível inconsciente, me atrevo dizer, inclusive. Tive uma conversa sobre essas minhas atitudes paradoxais com o Victor hoje, e vejo fazer sentido e ter enquadramento em minha vida esta idéia. No que toca a cinematografia, não vejo um bom filme há um tempinho, e minha série está estagnada, não mais a vi, mas a retomarei, me divirto com ela.
Também austeras se mostram minhas análises existenciais, e quanto a estas digo não querer instaurar na vida como fado, apesar de talvez já o ser, como não gostaria; faz parte. Cá uma passagem bíblica muito convincente e apta a enaltecer minhas idéias a respeito do existencialismo, que me é de grande admiração:
''Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta o conhecimento aumenta a tristeza'' Ec 1:18.
A bíblia muito nos tem a ensinar. Sábios, e tristes, são os versos bíblicos, e felizes os que com eles podem alimentar a mente sem se envenenar. Postulo haver um feedback positivo na situação: conhecimento ao trazer tristeza, traz também sede pelo próprio conhecimento, com mais tristeza... enfim...

''Caras como eu estão tirando o pé,
andando em marcha-ré,
com medo de entrar na contra-mão

Como trens do interior que não chegam no horário
Como velhos elefantes que morrem solitários

Caras como eu estão ficando chatos,
como solas de sapatos
que se gastam
com o passar do tempo

Não vou mais medir o tempo,
não vou mais contar as horas
Vou me entregar ao momento,
não vou mais tentar matar o tempo

Como palavras de amor
que não se guardam em disquetes
Como segredos sem valor
que a gente nunca esquece''