segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ciclo

Três dias consecutivos. O fenômeno se inicia desapercebido, sorrateiro, dura alguns dias, culminando no estado qual agora me aflige. Novamente ocorre e me vejo sem chão, cá, com este vazio, uma sensação de inutilidade e incapacidade de subir e retomar minhas atividades suspensas neste tempo... três dias. Suficientes para desbalancear minha homeostase auto-analítica, confiança e creio ainda minha segurança própria. Por tal como veio, vai embora: por mim; a diferença é a duração. O desbalanço é agudo e crítico, a recuperação custa dias e dias de esforço, nos quais tendo a me sentir em progressão menos leviano. Em suma o que ocorre é que minha consciência é privada dos meses anteriores de esforço por poucos dias nos quais me esqueço dos estudos, de obrigações entre coisas outras mais, que, com certeza, estavam todas bem sustentadas e mesmo até adiantadas. Mas não reconheço. Os poucos dias de relapso me causam esta impotência na qual estou... agora já em recuperação. E neste período impotente sinto-me incapaz de retomar meu ritmo anterior, como se tivesse de começar desde o começo, como se fosse improvável recuperar o fio da meada, tendo eu como alternativa única que recomeçar o enredo desde o ponto de partida . Isto não é normal, nem faz-me bem, já que sei, sem a menor dúvida, que sou capaz de coisas além das faculdades de muitos, devido a meus esforços e também à minha construção psíquica constitutiva. Anseio em equilibrar tudo isso, momentos de trabalho, de rendimentos, com outros de curtição e relaxamento; conhecendo-me sei não irá ser fácil, mas também percebo consiguirei. O ponto principal é: motivação, aquele primeiro passo. Tenho que desbitolar de alguns julgamentos intrínsecos para mellhor enxergar as situações do dia-a-dia. Não tarda esta motivação chega, bem como algumas outras por quais aspiro.
Estabilidade, meu grande apreço, não pode deixar de me ser de característica incondicional.


''Voa, voa minha liberdade,
Entra, se eu servir como morada,
Deixa, eu voar na sua altura
agarrado na cintura
da eterna namorada

Voa, feito um sonho desvairado
desses que a gente sonha acordado,
Voa coração esvoaçante
feito um pássaro gigante
contra os ventos do pecado

Voa nas manhãs ensolaradas
entra, faz verdade esta ilusão

Voa no estalo do meu grito,
Quero ver teu infinito
neste azul sem dimensão''

Ribeirão Preto/Sp, 23:07;

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