quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Fado

Papéis, tinta, luzes foscas, sons sutis, conversas, chuva, ventos, fumaça; síntese.
Circundado tal pelo buraco fundo, escuro, insípido, sem forças pra estancar o lamento que corre e lhe unta as paredes.Caí novamente... Vulnerável, não frágil, ao todo; ciente do desinteresse da bancada acadêmica em minha introspecção sofrível.
Remoendo o conteúdo cuja gota d'água me transbordou, com desilusão...
Semana antes da prova, oh, por favor, por quê agora?, mês, um curto infindável mês, tolerância é que constitui a base de minha esperança...

''Tem dias que a gente se sente
como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente,
ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa,
no nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
e carrega o destino pra lá

A gente vai contra a corrente
até não poder resistir,
na volta do barco é que sente
o quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
a mais linda roseira que há
mas eis que chega a roda-viva
e carrega a roseira pra lá

O samba, a viola, a roseira,
um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa,
faz força pro tempo parar,
mas eis que chega a roda-viva..''
Não consigo fugir disso, at all; não que seja meu objetivo, fica dito.

2 comentários:

  1. o mundo sempre gira em linhas tortas... mas, felizmente, sempre chegamos ao lugar que objetivamos, desde que tenhamos vontade de lutar por isso!

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  2. Até quando possuiremos a motivação?

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