Sei que não abandono este, tal como outros tantos, exercício por falta de gosto. Mas a profusão mental acaba me afastando de tanto, e, verdadeiramente, continuo sem entendê-la. Este é o ponto, o ponto é este(como diria-me um grande professor). E concordo que não foi o melhor momento pro útero de minha terapeuta resolver gestar, assim do nada. Em suma, pra falar no português, não tão, mas moderadamente perdido, como de hábito.

Evoluí com minhas neuras, minhas manias, minhas obstinações a tal ponto que acabei por decidir que sim, e obviamente, eu precisava de ajuda pra sair de sei lá onde estava. Realmente neste final de 2012 e início de 2013 as coisas dentro de mim não estava muito felizes, e, por conseqüência, acabei me introsando em um ciclo vicioso de choros espontâneos, obsessões, compulsões, adinamia, irritabilidade e apatia.Até que agüentei um bom tempo ciclando assim. Foram caixas e caixas de cereais matinais compradas, idas e idas aos mais diversos mercados que esta Ribeirão Preto tem a me oferecer, sabonetes, papéis-toalha, amaciantes, sabões líquidos, canetas, grifa-textos(clássicos, comprei 60 destes safadinhos), cafés instantâneos, capuccinos, caixas de cerveja, até uma samambaia comprei. Bom, sempre soube como pôr o pé no chão, o meio sempre temos, mas a atitude é que me carecia, confesso. Acabei por colocá-los, talvez mesmo que apenas as pontas dos pés, sobre este chão poroso e resistente; chega de sertralinas, tricíclicos, algazarras sinápticas e purpurinas cloretadas. Busquei auxílio psicoterapêutico, simpatizei com uma psicóloga quarentona(ou quase isso), gordinha, com ar de sabedoria e de um temperamento aparentemente leve. Foram alguns pares de sessões na quais conversamos sobre minha personalidade, minha infância, minhas crenças, meu existencialismo, minhas barreiras e minhas inseguranças. Foi engraçado perceber, amedrontador francamente, as características mais nítidas e óbvias de minha personalidade, que estiveram aqui, comigo, este tempo inteiro, de modo completamente irrelavante à minha consciência. Não neguemos o macabro que é a opressão inconsciente destes destaques gritantes para nossa consciência.


Quanto à faculdade, bela faculdade, o sexto ano tá bombando, e o peso da responsabilidade tombou pro meu lado lá em outubro do ano passado, no HSPE, quando me dei conta do conhecimentos das pessoas que me cercavam. Acontece que o peso foi cair mesmo no começo deste bendito sexto ano, pra minha alegria. Prognostiquei minha jornada até o meio de novembro, quando começam as lindezas das provas, e até então sinto que o fardo está sendo mais leve do que julguei inicialmente. Tenho cumprido minhas metas, não com facilidade, na batalha, mas de boa. Eu me acostumei a estudar, e, principalmente, aprendi a gostar de estudar, lá na segunda etapa do curso. Foi o que mais facilitou pra mim. Embora haja, indiscutivelmente, aquelas áreas em que a peleja é maior, como a cirurgia, mas também nem tanto maior. O maior é o medo, a bem dizer. Isto espelha um fato absoluto em situações das mais variadas gravidades e características na vida. Whathever.


Trocando em miúdos creio as poucas sessões de terapia terem me feito muito bem, e as quero de volta, antes que caia novamente. Não estou em condições de levar a menor queda, a mais mínima. Vou que vou no meu projeto residência(apesar de não saber com convicção aonde ele me leva, mas enfim). Ainda aprendendo a lidar com estes cristãos, que impregnam meus dias. Aberto, extremamente aberto, para tantas quantas possíveis novas e transcendentais jogadas.
"Nem pensei
-Impulso-
Pra sanar um momentoSilenciar barulhosMe esqueci de respirarUm, dois, trêsEu paroHoje sei que tenho tudo-Será?-Escrevi em meu colarDentro há o que procuro"
Ribeirão Preto/Sp. 22:43;
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